Escrito por Cibele Pereira.
As festas de final de ano, geralmente ocorrem em um
contexto agitado pelo transito, lojas cheias, preparativos para viagens,
compras em lojas lotadas, enfim, um ambiente nada favorável para o exercício do
controle sobre o que a pessoa alérgica está ingerindo. Diante de tantos estímulos,
é normal que a atenção dividida prejudique o foco.
O sucesso com a atenção às pessoas com alergia
depende de uma longa trajetória de conscientização iniciada quando a alergia é
constatada e não às vésperas do natal ou outras comemorações, mas, seguindo a
linha do prevenir é melhor que remedias, cabem algumas dicas:
Primeiramente, cabe aos pais ou tutores ajudar as
crianças a cuidarem de si mesmas construindo autonomia. O objetivo é que a
criança cresça aprendendo o que pode e o que não pode ser consumido em função
de seu bem estar e saúde, lembrando que controle e paciência são aprendidos.
Desta forma, quanto mais jovem a criança, maior a necessidade de controle dos
pais.
Se as festas forem eventos em casa de familiares,
fica mais fácil, pois o cardápio pode e deve ser preparado em respeito aos alérgicos,
dado que o processo de inclusão começa em casa (sim, em casa e não na escola).
Em viagens, restaurantes e clubes, a informação de
que pessoas com alergia alimentar estarão presentes aos eventos deve ser
passada ao serviço de copa (sim, ainda existem serviços que precisam do aviso),
que deve providenciar etiquetas nos pratos e bebidas indicando se foram
preparados com leite, amendoim, soja, ovo, etc. Em caso de viagens, o alérgico
sempre deve portar um aviso de que é alérgico, preferencialmente numa pulseira.
Muita cautela com produtos industrializados, mesmo
os que não forem alimentos, como medicamentos por exemplo. Há que se ler
rótulos e, é bom ter uma lupa na bolsa porque os mesmos são quase ilegíveis em função
do tamanho das letras. Produtos vendidos nas ruas merecem a mesma atenção.
Todos esses cuidados devem ser tomados
preferencialmente de forma lúdica e bem humorada e, sempre buscando focar a
criança em outros estímulos que não a comida. Valorizamos muito mais o que está
na mesa e pouco quem está à mesa.
Uma boa conversa, uma boa brincadeira ou uma
oportuna e bela referência à natividade podem nos fazer esquecer o peso das
restrições e lembrar dos valores mais básicos e fundamentais que nos tornam
mais fortes e felizes, aqueles que o aniversariante do dia 25 de dezembro nos
deixou há mais ou menos 2015 anos.
Lindas festas!